Os Loucos anos 20
Esta é minha
Figura 2. Modelo T dos anos vinte
Agora já sabes responder.
1. Refere o que aconteceu no dia 01 de Fevereiro de 1908. (resposta do David Oliveira, nº 10 do 9º D)
No dia 1 de Fevereiro de 1908, o rei D. Carlos e o principe D. Filipe são assassinados no terreiro do paço por extremistas republicanos. Quem sobe ao trono é D. Manuel II, filho de D. Carlos.
2. Descreve esses acontecimentos. (resposta do Guilherme Barreto, nº 12 do 9º E)
A monarquia portuguesa vivia uma época conturbada, e em Janeiro de 1908 são presos vários elementos, suspeitos de conspiração, mais tarde a 28 desse mês, fracassa uma tentativa revolucionária. Foram presos, como implicados na intentona, entre outros, Afonso Costa, Egas Moniz, Álvaro Pope e o visconde de Ribeira Brava.
O Governo resolve então reforçar a repressão. Prepara um decreto que lhe permite expulsar do país ou deportar para o ultramar os culpados de crime contra a segurança do Estado. Em 31 desse mês, o ministro da Justiça Teixeira de Abreu regressa de Vila Viçosa, onde se encontrava a família real, com o decreto assinado.
D. Carlos a 01 de Fevereiro, regressa a Lisboa acompanhado da família real. Tendo desembarcado no Terreiro do Paço, dirigia-se para o Paço das Necessidades, numa carruagem aberta, quando subitamente, rompendo entre o cordão de polícias e população, um homem de revólver em punho põe o pé no estribo traseiro da carruagem real e dispara à queima-roupa contra o rei, atingindo-o com dois tiros na cabeça. A carruagem segue pela rua do Arsenal, quando um outro indivíduo, mais adiante, dispara uma carabina que trazia oculta contra D. Luís Filipe, que segurava um revólver, matando-o.
D. Manuel é atingido num braço. Apenas a rainha D. Amélia sai ilesa.
O pânico e o tiroteio generalizam-se. O primeiro regicída terá sido morto pelo príncipe D. Luís Filipe. O segundo é morto pela polícia.
Os regicídas foram Alfredo Costa, de 28 anos, caixeiro de profissão e Manuel Buíça, de 32 anos, professor primário, ambos republicanos.
(resposta a Adriana Leitão, nº 1 do 9º D)
O Rei, a Rainha e o Príncipe Real encontravam-se no Alentejo e o infante D. Manuel tinha regressado dias antes a Lisboa. D. Carlos antecipou o regresso a Lisboa, apanhando o comboio, na manhã do dia 1 de Fevereiro. A comitiva régia chegou ao Barreiro ao final da tarde, com destino ao Terreiro do Paço, onde desembarcaram, por volta das 5 horas da tarde, onde eram esperados por vários membros do governo e pelos infantes D. Manuel e D. Afonso (irmão do rei). Apesar do clima de grande tensão, o rei optou por seguir numa carruagem aberta.
Há pouca gente no Terreiro do Paço. Quando a carruagem circula junto ao lado ocidental da praça, ouve-se um tiro e desencadeia-se o tiroteio. Depois de passar a carruagem, um homem coloca-se no meio da rua e tenta balear o rei. O tiro atravessou o pescoço do Rei, matando-o imediatamente e logo de seguida, outros atiradores, em diversos pontos da praça, atiram sobre a carruagem.
A população desata a correr em pânico. O condutor é atingido numa mão. O primeiro atirador, mais tarde volta a disparar. O seu segundo tiro atinge o ombro do rei, cujo corpo descai para a direita, ficando de costas para o lado esquerdo da carruagem. Aproveitando isto, surge a correr de debaixo das arcadas um segundo regicida, que pondo o pé sobre o estribo da carruagem, se ergue à altura dos passageiros e dispara sobre o rei já tombado.
A rainha, já de pé, fustiga-o com um ramo de flores gritando “Infames! Infames!”. O criminoso vira-se para o príncipe D. Luís Filipe, que se levanta e saca do revólver uma bala, mas é atingido no peito. A bala, de pequeno calibre, não penetra o esterno e o Príncipe, sem hesitar, aproveitando porventura a distracção fornecida pela actuação inesperada da rainha, desfecha quatro tiros rápidos sobre o atacante, que tomba da carruagem. Mas ao levantar-se, D. Luís Filipe fica na linha de tiro e o assassino da carabina dispara sobre ele, atingindo-o na face esquerda.
A fuzilaria continua. Dª Amélia permanece de pé, gritando por ajuda. Um dos regicídas volta a fazer pontaria mas é impedido de disparar sobre a carruagem por um soldado que passava no local e que se lança sobre ele. Na breve luta que se segue o soldado é atingido numa perna, mas a sua intervenção é providencial. O oficial Francisco Figueira carrega primeiro sobre o regicída, que ferido pelo príncipe é atingido por um golpe de sabre e preso pela polícia, e de seguida dirige-se a outro regicída. Este ainda o consegue atingir numa perna com a sua última bala e tenta fugir, mas Figueira alcança-o e imobiliza-o com uma estocada.
Com os regicidas imobilizados, o zelo excessivo dos polícias presentes levou a que acabassem abatidos no local, o que dificultou as posteriores investigações sobre o atentado. Segundo alguns relatos, um dos regicídas já estaria moribundo, mas sabe-se que outro, mesmo ferido, resistiu à sua apreensão pela polícia. De facto, o condutor, a golpes de chicote, fez arrancar a carruagem, virando da esquina para a rua do Arsenal, procurando aí refúgio. É nessa altura que um atirador desconhecido ainda consegue atingir D. Manuel num braço. A carruagem entra no Arsenal da Marinha, onde se verifica o óbito do Rei e o do Herdeiro do Trono. Quando o Infante D. Afonso, chegou ao Arsenal, teve como primeiro instinto acusar João Franco como responsável pela tragédia. A mãe de D. Carlos, a rainha Dª Maria Pia foi chamada ao Arsenal, onde encontrando-se com Dª Amélia lhe diz desolada: “Mataram-me o meu filho.”, ao que esta respondeu: “E o meu também.”
Julgando que se tratava de um novo golpe de estado, a população de Lisboa refugia-se nas suas casas e a cidade fica deserta, mas as tropas permanecem nos quartéis e a situação permanece calma.
3. Refere quais foram as principais medidas dos primeiros governos republicanos ao nível:P(resposta da Luísa Pires, nº 18 do 9º D)
a) A nível educativo
• A instrução obrigatória e gratuita para todas as crianças dos 7 aos 12 anos;
• A formação de escolas;
• A construção de escolas primárias e liceus;
• A fundação das universidades de Lisboa e do Porto.
b) a nível social:
• A autorização e regulamentação da greve;
• A instituição do descanso semanal obrigatório;
• A limitação dos horários de trabalho;
• Seguro social obrigatório.
c) a nível político:
• A formação da constituição de 1911;
• A divisão dos poderes políticos, isto é o poder Legislativo passa a ser exercido pelo Congresso ou Parlamento que, também tinha o poder de eleger e demitir o Presidente e era constituído pela Câmara de deputados que, era eleita por 3 anos, e pelo Senado que, era eleito por 6 anos (os membros do Senado e da Câmara de deputados eram eleitos pelo sufrágio universal com restrições - ter mais de 21 anos, ser-se chefe de família, saber ler e escrever e mais tarde não se ser mulher), o Executivo pelo Governo e Presidente (este era eleito por 4 anos e tinha o poder de nomear o Governo) e o Judicial que cabia aos Tribunais;
• A criação da Guarda Nacional Republicana;
• Surge uma nova Bandeira Nacional;
• Surge um novo Hino Nacional.
4. Refere os motivos que levaram com que Portugal entrasse na I Guerra Mundial. (resposta da Daniela Cordeiro, nº 9 do 9º D).
Apesar de alguns portugueses defenderem a neutralidade, foram os intervencionistas (partidários da intervenção ao lado dos Aliados), que defendiam que a participação de Portugal na 1ª Guerra Mundial era a única forma de quebrar o isolamento de Portugal e de garantir a posse das colónias africanas, que venceram. Assim, Portugal participou na 1ª Guerra Mundial devido à aliança que mantinha com a Inglaterra (Luso-Britânica), também participou para defender os seus territórios africanos e para que o novo regime republicano fosse internacionalmente reconhecido. Durante a 1ª Guerra Mundial Portugal formou duas frentes de guerra, uma em África nas fronteiras de Angola e Moçambique e outra na Europa na frente Ocidental e em La Lys, por onde se distribuiu o CEP (Corpo Expedicionário Português).
Agora já sabes responder:
1. Explica no que consistiu a Planificação da Economia. (Resposta do Eduardo Gomes, nº 11 do 9º D).
A Planificação da Economia da URSS relaciona-se em parte com a morte de Lenine em 1924 deixando em aberto o seu lugar para 2 iminentes figuras carismáticas do sistema. Estamos então a falar de Trotsky e Estaline. Enquanto o 1.º era uma referência entre os militares , sindicatos e operários defendendo uma constante revolução, o segundo Estaline, defendia a consolidação prioritária da Rev. Soviética e só depois se deveria proceder a uma Revolução a nível Mundial.
Apesar das constantes lutas entres estes 2 líderes, em 1929 Estaline acaba por se tornar no grande líder e institui na União Soviética uma ditadura totalitária.
Ora uma das principais decisões inciais de Estaline foi pôr termino à NEP ( Nova Politica Economica) a qual considerava um obstáculo ao Socialismo. Desta forma este reorganizou a economia em 2 principios: primeiramente colectivizando os meios de produção, de seguida efectuando a planifcação económica através dos planos quinquenais. Para termos uma ideia mais abragente destes aqui fica uma breve descrição:
1.º Plano Quinquenal (1928 - 1932) - Tinha como objectivo criar as bases da economia socialista através da colectivização da agricultura criando os kolkhozes (cooperativas) e sovkhozes ( quintas do estado cultivados por assalariados). Quanto à indústria as prioridades foram para as ditas industrias pesadas como é o caso da siderurgia e da electrificação.
2.º Plano Quinquenal (1933-1937) - Este segundo plano apesar de ainda visar a indutria acima citada, abriu principalmente portas às industrias ligeiras produtoras essencialmente de bens de consumo.
3.º Plano Quinquenal - (1938-1941) - O último plano instituido pelo regime de Estaline, foi interrompido pelo inicio da II Guerra Mundial, porém e perante os resultados obtidos nos planos passados, podemos aferir que globalmente estas formas de gestão registaram um saldo positivo . Contudo e para que não seja esquecida, devemos mencionar que a implementação de todos estes programas não esteve isento de força e violência e do espirito totalitário caracteristica marcante de Estaline em toda a sua conduta.
2. Define Sovkhoze. (Resposta do Guilherme Barreto, nº 12 do 9º E).
Sovkhoze são grandes empresas agrícolas estatais presentes na URSS, baseadas na propriedade estatal da terra e dos meios de produção. Os sovkhozes começaram a ser organizados a partir de 1918 e desempenharam um grande papel na transformação socialista da agricultura, servindo de escola de gestão social e de produção agrícola. Para fortalecer a economia dos sovkhozes foi realizado um trabalho baseado na intensificação, especialização e concentração da produção agropecuária e no desenvolvimento da cooperação e integração entre as empresas agro-industriais.
3. Define Kolkhoze. (Resposta do Guilherme Barreto, nº 12 do 9º E).
Kolkhoze são fazendas colectivas existentes na URSS, organizadas sob a forma de cooperativas de camponeses, que se reuniam voluntariamente para administrar uma grande propriedade agrícola com base na socialização dos meios de produção e no trabalho colectivo. Organizavam-se segundo um estatuto aprovado pela assembleia-geral dos seus membros e com base no planeamento e nos princípios de auto gestão financeira.
4. Depois de teres visto o filme, explica o modo como Estaline era apresentado ao povo Soviético. Resposta do Eduardo Gomes, nº 11 do 9º D).
(...) Estaline defendia a consolidação da Revolução na União Soviética para posteriormente estendÊ-la ao restante espaço geográfico.
Chefe de Governo e Secretário Geral do Partido Comunista, defensor exímio das teorias socialistas, Estaline concentrou progressivamente o seu poder e impôs pela força a sua política.
Contextualizando toda a época podemos afirmar que, a governação deste líder resultou das seguintes condições: enorme atraso económico do país e as exigências que este requeria a todos os níveis.
Desta forma Estaline mostrou a sua imagem de líder totalitário aos seus súbditos da seguinte forma: lançamento de vagas de repressão sobre todos aqueles que estivessem contra a política do líder ( muitos oficiais e militares foram presos e assassinados). Estas perseguições estenderam-se dentro do próprio partido e para com as massas campesinas que se mostraram contrariarias ao regime de colectivização.
Esta ditadura utilizou os cartazes publicitários da época como principais veículos da sua mensagem. O culto à imagem e as lembranças da sua ideologia foram armas bastante utilizadas por este no controlo da vida publica. Assim estas suas mensagens contribuíram para o desenvolvimento do culto da personalidade chamando a si todos os poderes e estendendo nos anos 30 o seu domínio pelo seus súbditos.